Livros:
LUIZ, Felipe. O conceito de estratégia em Michel Foucault. S.L.: Clube de Autores, 2024
Linque para adquirir: https://clubedeautores.com.br/livro/o-conceito-de-estrategia-em-michel-foucault
Artigos científicos:
Cuspir para cima: sobre a crítica à modernidade e sua necessária defesa em três ensaios que se complementam. Revista Ensaios filosóficos, no. 28, 2023
Resumo: O presente ensaio se propõe a debater modernidade, antimodernidade e as suas consequências, especialmente no caso do Brasil contemporâneo. De um lado, a modernidade se constituiu como um projeto implantado autoritariamente, com o vezo genocida, escravista e colonizador. Por outro, é graças aos avanços que, no interior da modernidade e, ipsa causa, a modernidade possibilitou que podemos hoje lutar por valores e direitos relegados em boa parte da história humana. A crítica indiscriminada contra a modernidade elaborada por pensadores como Michel Foucault, possibilitou que um setor antimoderno, anti-iluminista e até mesmo neofacista, sem as mesmas intenções que pensamos serem libertárias dos pós-estruturalistas, se sentisse empoderado para criticá-la e intentar reerguer os horrores de um mundo que todos acreditavam superados. Assim, defendemos que a modernidade seja criticada e que outro mundo é possível, mas essa crítica deve ser certeira, a fim de não oferecer munições aos negacionistas e extrema-direita
Palavras-chave: Modernidade; Antimodernidade; Iluminismo; Kant; Nietzsche.
https://www.ensaiosfilosoficos.com.br/Artigos/Artigo28/28-63-83.pdf
A estratégia dos primeiros filósofos. GUAIRACÁ, Guarapuava-PR, vol. 39, no. 1, 2023
Resumo: O presente artigo pretende analisar a formação da filosofia a partir de um fundo mítico de Homero e Hesíodo, dentre outros, entendendo-a como uma estratégia histórica. O conceito de estratégia histórica é extraído do pensamento de Michel Foucault, filósofo francês de meados do século XX, e aplicado sobre a produção de Anaximandro de Mileto, Heráclito de Éfeso e Xenofánes de Colofão fundamentalmente, embora se discorra brevemente sobre outros autores. Dá-se especial ênfase a terminologia dos primeiros filósofos, salientando os termos gregos arché e logos. O artigo se baseia em uma pesquisa em desenvolvimento há muitos anos, expondo conclusões parciai; pesquisa esta efetuada através da leitura, fichamento, análise e comentário de textos filosóficos, tendo chegado á conclusão de que a filosofia pode ser encarada como uma estratégia histórica.
Palavras-chave: Estratégia. Anaximandro. Heráclito. Xenófanes.
Foucault e Clausewitz: duas concepções de guerra. GUAIRACÁ, Guarapuava, 2024, vol. 40, n. 2, pp. 121-147
Resumo: As reflexões filosóficas sobre a guerra são quase tão antigas quanto a própria filosofia, nos conduzindo, pelo menos, até Heráclito, mas englobando também, no período clássico, Platão e Aristóteles. Na Idade Média, foi também analisada filosoficamente em termos de guerra justa. Outros autores, ainda, como Maquiavel e Kant, analisaram a guerra. Mas é em Clausewitz que se encontra a grande reflexão ocidental sobre o tema. Mais contemporaneamente. Em nossas investigações constatamos pelo menos quatro formas de se abordar a guerra: uma objetivista, uma ontológica, outra metafórica e, por fim, uma metodológica. Nossa pesquisa centra-se em torno da comparação de duas dessas visões, a objetivista e a metodológica, através do cotejamento dos escritos de dois autores distintos, respectivamente Clausewitz e Foucault, expoentes dessas abordagens. Para tanto, analisamos um curso de Foucault no Collége de France, bem como outros textos menores. Quanto a Clausewitz, nossa análise se foca nos primeiros livro de sua opus magnum, Da guerra; neste, visamos sobremaneira sua visão de guerra, que contrasta com as posições apresentadas de modo prévio. Finalmente, fechamos o artigo com conclusões e buscamos responder à questão de saber se em Foucault há uma verdadeira filosofia da guerra
Palavras-cha: Carl von Clausewitz. Michel Foucault. Filosofia da guerra
https://revistas.unicentro.br/index.php/guaiaraca/article/view/7786/5756
Filosofia brasileira como metáfora do Brasil. KALAGATOS - REVISTA DE FILOSOFIA (VERSÃO ON-LINE), 2024,. vol. 22, n. 1, pp. 1-9
Resumo: O objetivo do presente ensaio é trabalhar algumas questões relativas às relações entre nacionalidade e filosofia. Para tanto, recuperamos um filósofo mui injustamente olvidado, Álvaro Veira Pinto e debatemos o papel que o mesmo assinalava como próprio á filosofia no contexto do desenvolvimento nacional. A tese principal do ensaio é que o desprezo pela filosofia nacional é, no fundo, um desprezo pelo Brasil e que a valorização dela vai de parcom a constituição de uma sociedade justa, igualitária e preocupada com seu povo
Palavras-chave: Álvaro Vieira Pinto. Estratégia. Filosofia brasileira. Nacionalismo
Entre a pena e a espada: Foucault e a ciência da estratégia. Ágora Filosófica (UNICAP), Recife, 2024, vol. 24, n. 1, pp. 64-78
Resumo: O objetivo do presente artigo é expor algumas semelhanças e dessemelhanças entre Foucault, sobejamente conhecido, o general francês André Beaufre, teórico da Estratégia e a noção de Poder Nacional tal qual se encontra exposta em alguns materiais teóricos de militares brasileiros. Primeiramente, algumas concepções de Foucault são apresentadas, especialmente aquelas que resvalam na questão do poder político e de noções aparentadas com os desenvolvimentos das ciências militares. Posteriormente, é a vez do general Beaufre entrar em nosso crivo, ao compararmo-lo a Clausewitz e Liddell Hart, teóricos tais qual ele da Estratégia. Após, a noção de Poder Nacional é apresentada. Por fim, faz-se rápido balanço da intersecção possível entre os três campos
Palavras-chave: Michel Foucault. Filosofia da guerra. André Beaufre. Estratégia. Poder Nacional.
https://www1.unicap.br/ojs/index.php/agora/article/view/2349/2293
Diagnóstico e batalha: sobre a dupla caracterização da filosofia por Foucault. Revista de Ética e Filosofia Política, Juiz de Fora, 2024, vol. 27, n. 1,, pp. 94-109
Resumo: O presente artigo intenta explorar aquilo que parece se uma caracterização bifronte da filosofia na obra de Michel Foucault. Por um lado, uma noção da tarefa da filosofia mais corriqueira na exegese de seu pensamento, tal seja, a ideia de que a filosofia é um diagnóstico do presente, ideia que Foucault ora aponta como oriunda de Kant, ora como tendo uma raiz nietzschena. Por outra via, a noção, que ocorre em alguns textos, de que a genealogia, enquanto método histórico-filosófico, é uma arma em um conflito social. No correr do texto, apresentamos e discutimos esse Janus filosófico e lançamos mão de uma interpretação do mesmo
Palavras-chave: Michel Foucault. Friedrich Nietzsche. Diagnóstico. Estratégia
Certa recepção brasileira da obra de Foucault Três momentos. INQUIETUDE: REVISTA DOS ESTUDIANTES DE FILOSOFIA DA UFG. Goiânia, 2024, vol. 15, n. 1, pp. 8-21
Resumo: O objetivo do presente trabalho é analisar três momentos da recepção de Foucault no Brasil ao longo dos últimos quase sessenta anos, através da comparação de três autores de tradições distintas: o marxista Carlos Nelson Coutinho, o liberal José Guilherme Merquior e o progressista Ivan Domingues. O foco recai sobre a recepção e a crítica de As palavras e as coisas, mas outros elementos do pensamento de Foucault também são considerados. Por fim, aquilatando o valor das críticas, buscamos extrair um corolário filosófico de Foucault.
Palavras-chave: Carlos Nelson Coutinho. Ivan Domingues. José Guilherme Merquior. Arqueologia do saber. Anarquismo.
Água e óleo: o fouco-marxismo. Revista Paranaense de filosofia. Toledo-PR, 2024, vol. 4, n. 1, pp. 72-90
O objetivo do presente artigoé debater a relação tensa entre Foucault e o marxismo. Para tanto, dois autores marxistas que trabalham essa relação são analisados, a partir de alguns de seus trabalhos recentes: Jacques Bidet e Domenico Losurdo, ambos marxistas, mas com perspectivas muito diferentes. Para o primeiro, Foucault e Marx podem ser pensados conjuntamente, nos marcos daquilo que ele chama de metamarxismo, com a reinscrição de Foucault no quadro mais amplo da dialética. Já para Losurdo, Foucault seria um empecilho para a revolução. A partir do confronto dessas duas perspectivas díspares, propomos uma saída contrária àquela de Bidet, ao passo que descartamos Losurdo:uma absorção de partes da crítica marxista em um marco foucaultiano a partir da noção de estratégia, operação teórica que estamos desenvolvendo.
Palavras-chave: Michel Foucault. Domenico Losurdo. Jacques Bidet. Marxismo. Estratégia
https://periodicos.unespar.edu.br/rpfilo/article/view/8539/6261
Filosofia como estratégia: decolonialidade e filosofia africana. Cadernos de Ética e Filosofia Política. São Paulo, 2024, vol. 43, n. 2, pp. 110-120
Resumo: O presente artigo pretende demonstrar algumas diferenças e similitudes entre a filosofia africana, na pessoa do filósofo africano Achille Mbembe, e a teoria decolonial, de estirpe latino-americana, cujo um dos maiores expoentes é o professor argentino Enrique Dussel, em relação a alguns de seus autores. Para tanto, analisamos as origens e constituição do pensamento decolonial, resumindo sua produção, analisando e delineando o núcleo dessa escola de pensamento própria da América Latina. Após esse movimento, indicamos o conceito de devenir nègre du monde (devir-negro do mundo) no trabalho de Mbembe, explicitando algumas similitudes entre as duas escolas. Por fim, interpretamos ambos os trabalhos como estratégias históricas, conceito da lavra de Foucault retrabalhado por nós, em um mundo conflituoso.
Palavra-chave: Pensamento decolonial. Filosofia africana. Achille Mbembe. Michel Foucault. Estratégia
https://www.revistas.usp.br/cefp/article/view/225129/210773
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