Amanhece,
deus meu,
outro dia.
É ano novo,
mas nada muda
o mundo ainda gira na mesma rota
e as rosas não se tornaram mais perfumadas.
deus meu, que loucura!
todos bebemos,
nos embriagamos,
fizemos amor
e o chicote segue açoitando
ah, mais quantos anos dessa agonia?
mais quantas manhãs,
iguais em substância,
onde os pássaros não cantarão mais bonito
e as flores não serão mais doces?
Permita, deus meu,
minha ilusão comum,
meu deus que não existe,
permita que um verdadeiro novo ano comece:
brumários, nevários, floral
sim, um novo ano.
Um brinde à era que podemos começar.
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