Hölderlin e seus deuses de mármore
Não estão à altura do tempo presente.
Emilly, pássaros na gaiola.
Lorca, sua louca,
as ervas viraram pasto.
Brecht, como faz falta sua boa terra.
As peras de Goulart
Já são de cera, não apodrecem mais.
E assim
No dobrar dos dias,
Os sinos repicam,
Projetam no futuro
A miséria da humanidade
Em decomposição.
Bembelém, bembelão:
Há neste mundo
Ainda coração?
RP, primaverão de 2024
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