Quando nasci, anjo nenhum veio me acolher
Porque anjos não existem,
Mas minha mãe disse:
vai Fê, ser grande na vida.
Herdei o ódio à religião
Dos ateus do iluminismo
Mas foi com a razão que
O desenvolvi.
Nas ruas, ninguém espia ninguém
Só o governo e as corporações
Espiam todos.
Vou caminhando até o centro.
Um crente, dois crentes, três crentes.
Ó mundo, para que tanto crente?
O mundo nada me responde
Mas meu coração sabe
De tudo
Há tanto templo cheio
De pessoas ocas
Tanta verborragia, tanta mentira,
Tanto engodo, tanto pilantra
A hipocrisia é o feno da religião.
Um homem hipócrita atrás do bigode
E a mulher falsa atrás do óculos
São os típicos religiosos.
Ó mundo, como odeio religião.
Deus, se não existe, porque nos
Atormenta? Se fosses real,
Todos saberiam. Mas o humano é fraco.
Religião, religião
Malvada religião,
Mas malvado é do religioso
O coração.
Por isso vou te dizer: tome um gole
Dessa cerveja. Ela nos deixa mole mole
Azeita o cérebro, e comove a gente
Como louco
RP, outono de 2025
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