quarta-feira, 2 de abril de 2025

Poema plano

 Quando nasci, anjo nenhum veio me acolher

Porque anjos não existem,

Mas minha mãe disse: 

vai Fê, ser grande na vida.


Herdei o ódio à religião

Dos ateus do iluminismo

Mas foi com a razão que

O desenvolvi.


Nas ruas, ninguém espia ninguém

Só o governo e as corporações

Espiam todos.


Vou caminhando até o centro.

Um crente, dois crentes, três crentes.

Ó mundo, para que tanto crente?

O mundo nada me responde

Mas meu coração sabe

De tudo


Há tanto templo cheio

De pessoas ocas

Tanta verborragia, tanta mentira,

Tanto engodo, tanto pilantra


A hipocrisia é o feno da religião.

Um homem hipócrita atrás do bigode

E a mulher falsa atrás do óculos

São os típicos religiosos.


Ó mundo, como odeio religião.

Deus, se não existe, porque nos

Atormenta? Se fosses real,

Todos saberiam. Mas o humano é fraco.


Religião, religião

Malvada religião,

Mas malvado é do religioso

O coração.


Por isso vou te dizer: tome um gole

Dessa cerveja. Ela nos deixa mole mole

Azeita o cérebro, e comove a gente

Como louco


RP, outono de 2025

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