segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Marcela IV

 As horas correram

mas a ferida não fechou:

Aonde você estaria agora,

meu amor?


Já foram tantos dias,

já se passaram tantas estações,

e nesta poesia

se encontram nossos corações.


Ah, minha querida,

sinto tanto sua falta

Mas sei que descansa

do mundo que te esfalfa


Algum dia ainda vou te visitar.

Nessa hora hão de se unir

Minha terra e o teu mar.


Por enquanto, fica o vazio.

Mas, diante do abismo,

como tu sempre rias

eu também rio.


E assim que de ti 

vou sempre me lembrar

com teu largo sorriso

a minha jornada a abrilhantar


Este poema já está comprido.

Na lembrança viva te digo: adeus, querida!

Você responde: até breve, querido


E é até logo mesmo

Porque na poeira fria,

a esmo, cedo ou tarde irei te encontrar

eu, com minha terra,

você com teu mar.


Ribeirão Preto, 14 de setembro de 2020

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