Texto de 2005.
A
LIBERTAÇÃO DA MENTE
Introdução
Minha intenção
ao escrever este texto não é nada mais nada menos que fazer com que as pessoas
pensem. Não sei sequer se o assunto aqui tratado é inédito, sei apenas que não
plagio ninguém, pelo menos não de livre e espontânea vontade. Trato aqui de
assuntos que me perturbaram o sono por muitos anos até que consegui acho eu resolvê-los,
mas aguardo ansioso a critica, especialmente a do publico especializado, pois
somente com a critica poderei melhorar meus argumentos a favor do que acredito.
Gosto de chamar o que aqui exponho de teoria da realidade alternativa, quem
sabe consigo fazer com que surja o felipismo ou o gumismo, talvez
leopoldismo... Não, não, isso foi apenas o sonho, apenas o sonho.
Índice Sistemático
1. Reconceituando realidade
2. o problema do senso comum
3. as encatenações de realidade
4. o senso comum como forma de dominação social
5. a libertação da mente dum senso comum restrito para um senso amplo.
1. Reconceituando realidade.
.Toda realidade é subjetiva.
. A realidade é formada pelas
impressões sensíveis que cada um adquire durante o trajeto de sua vida. Em
palavras simples, todo conhecimento provém da apreensão da realidade que
fazemos através dos sentidos, e com as construções mentais que fazemos a partir
de nossas impressões.
. A mente, que é a captante da
realidade, é constituída por certas estruturas capazes de trabalhar a realidade
de tal forma que está fique acessível à própria mente.
. Entretanto, se a realidade é
subjetiva, o que a mente capta?
.Um das poucas coisas que escapam
disto são nossos instintos, entretanto saber exatamente até onde vão os
sentidos ainda é incógnita para mim e para a ciência. Considero, entretanto,
que o principal sentido é: sobreviver, reproduzir e criar a prole. Entretanto
para os instintos se colocarem em prática muitas vezes eles devem passar pelo
grande e poderoso filtro do racional, tornando-se ações racionalizadas.
Entretanto, continuamos com o conhecimento humano sendo dividido em:
experiência sensível, construção mental e instinto. Entretanto o conhecimento
sensível, juntamente com o instinto, formam a base da pirâmide, sendo o inicio
de todo e qualquer conhecimento.
. Dessa forma tudo o que sabemos
é, em ultima análise, por que já experimentamos o referido.
. Meu problema imediato é: o que
é realidade?
. Meu conceito de realidade é:
conjunto de tudo que existe dentro das diversas combinações de experiências,
normalmente associadas num ente (humanizado no eu) e armazenadas na memória, no
caso animal, pelo menos até o exato momento comprovado.
. Meu conceito de existir é: ser
consciente da própria capacidade de saber que algo existe ou algo saber da sua
existência, e ser armazenado de forma satisfatória na memória do algo que o
percebeu ou armazenar de forma satisfatória o objeto percebido.
. Saber é: ter conhecimento de
algo.
. Conhecimento: conjunto de
experiências ou experiências isoladas armazenadas na mente, sob forma de
memória.
.Ou conhecer pode ser concebido
como perceber a manifestação de algo.
.Até agora temos que toda
realidade é subjetiva, pois é formada a partir do conhecimento pessoal
acumulado através de experiências sensíveis e construções mentais feitas a
partir dessas experiências, senso que estas experiências, e estas construções
são feitas pelo sujeito.
. Disto sabe-se que cada algo
capaz de perceber existência ou de ser percebido tem sua própria realidade. Um
problema seria justamente saber até que ponto a realidade é subjetiva a cada
ser. O ser humano tem uma própria realidade subjetiva, que é humana na medida
em que apenas um ser sócio-histórico-cultural humano a pode ter.
(½. O problema seria justamente
diferenciar o humano do ser humano. Nem todos os homens são humanos. Ser Humano
significa adquirir cultura humana, o que compreendo como humanidade. A cultura
nos torna humanos, e não o simples fato de ser da espécie Homo sapiens. Humanidade é cultura humana. E a antropologia e a
etnologia nos mostram como as culturas sempre tem algo em comum.
.Entretanto relembro que essa
existência desse percebedor-percebido é também subjetiva.
.Dessa forma pode-se chegar à
conclusão que tudo que ultrapassa uma realidade é imposto ou falso ou
mentiroso. Entretanto não se deve esquecer que as pessoas podem ter
experiências muito parecidas, resultando em conclusões parecidas também.
.Entretanto nenhuma realidade é
igual à outra, pois não existe modo de duas vidas serem absolutamente iguais,
em nenhuma possibilidade que caiba em minha realidade.
.O até agora visto diz isto: a
partir do momento que algo é imaginado, esse objeto foi experimentado, passando
a existir. Através desse pensamento percebemos que cada criatura, cada objeto e
que cada ser até hoje percebido existe ou existiu dentro da realidade daqueles
que o sentiram e o armazenaram na memória de forma satisfatória e duradoura.
.Mundo em minha concepção:
conjunto de diversas realidades existentes.
. Entretanto o acima parece
afirmar que existe uma mente maior onde todas as realidades existentes são
sentidas e, portanto, existem. Berkeley chegou neste ponto, e a partir deste
conclui que deus existe e é a mente que percebe tudo no universo.
.Proponho outra coisa: em vez de
haver uma mente maior que percebe tudo, acredito que a partir do momento que
todas as criaturas, seres, fenômenos e objetos do universo são formados, em
ultima analise pela mesma substancia, ainda não decifrada pelo pensamento
humano, e há segundo a química uma quantidade sempre igual de matéria existente
no universo, as próprias moléculas são capazes de se perceber mutuamente.
2. O problema do senso comum
. Além do que existe uma força
que une todas as realidades, perpassando o conhecimento subjetivo, isto
chama-se senso comum, e é puramente cultural, sendo que um todo senso comum, é
dividido geralmente em sensos diversos e culturalmente explicado diferentemente
de acordo com diversos modelos sociais, econômicos, político.
. . Existe o problema das coisas
que perpassam uma realidade e atingem
diversas, como por exemplo às leis naturais da física, átomos, e a maior parte
dos objetos de estudo das ciências exatas e humanas. O que faz com que algo
seja muiltidiverso, no sentido de ultrapassar uma realidade e atingir várias, é
um dispositivo muito importante, embora maligno: o senso comum.
. O senso comum é: concepções
parecidas sobre uma realidade especifica, sobre áreas especificas, ou sobre temas específicos.
.Penso que o senso comum da
realidade, ou seja, do conjunto das coisas que existe, é cultural, e ensinado,
algo como uma tradição, que as gerações reproduzem.
. Quando falo de realidade
ensinada, não me refiro somente as estruturas humanas, como uma estrutura
social, mas sim a outros tipos de estruturas mais profundas, como estruturas
temporais, espaciais, físicas, biológicas, químicas, etc..
. Por exemplo, tem-se o senso
comum de que as folhas duma mangueira são verdes, que a água é insípida, e
diversos outros acordos impostos. Quem foge desse padrão é
reclassificado de diversas formas, dependo do espaço nessa grade do senso comum
que ele fez. Pode ser louco, gênio, subversivo, veado, revolucionário,
esquisito, e toda uma sorte de apelidos nada agradáveis, que no fundo dizem:
diferente.
. A sociedade tal como está hoje
não pode suportar a diversidade que acredito ser a realidade. E a sociedade tal
como é hoje tem pensamento excludentes, contraditórios e, no final das contas,
maléfico. Nietzsche errou ao constatar que deus está morto, pois ele vive e
vive mais do que nunca na moral discriminatória que assola nosso país, nossas
leis e boa parte de nossa cultura.
.Qualquer coisa que se pretenda
ultrapassar de forma opressiva mais de uma realidade eu condeno. É
sectarizante, impede as pessoas de pensar e tenta arrombar uma retina.
(½. Este texto entretanto não
pretende ultrapassar mais de uma realidade? É então opressivo? Duma certa forma
é opressivo, pois pretendo que meu texto seja absorvido. Entretanto a grande
questão é que o texto não se opõe
3. As realidades não são planos
flutuando no espaço.
4. O senso comum como forma de
dominação social
5. A libertação da mente, de uma
sserção retrita
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