sexta-feira, 31 de maio de 2019

Atividade Prática História Medieval II

Texto de 2005.



Atividade Prática

História Medieval II


Discente: Felipe Luiz
Docente: Suzani Silveira Lemos França
Instituição: UNESp – campus Franca

Texto-Base: A “visão do mundo” do homem da Idade Média; in: As Categorias da Cultura Medieval; Gurevitch, Aron; Lisboa, Caminhos, 1990.

Tema: O Historiador e o  Anacronismo

Plano de Aula


Método: Expositivo.

Público Alvo: Sala com cerca de 45 educandos, do 3° Ano do Ensino Médio.

Objetivo: Introduzir a sala no tema, levar a reflexão sobre o mesmo. O objetivo último e principal é excitar mentalmente os educandos, visando desenvolver nele um pensamento critico e a capacidade de avaliar e criticar, entender um processo e um tema e saber critica-lo. Em suma, levar o educando a reflexão e a sala ao debate.

Pontos Relevantes da Exposição


Definição Conceitual


→ Tempo : Do latim tempus, o termo tempo será aqui considerado como uma sucessão causal dos fatos (fenomenológicos). O que indicará a passagem do tempo é sua medição por instrumentos próprios, como relógios, ou através de escalas. Entretanto, sem apelo a instrumentos, o que marcará a passagem do tempo, é a causalidade habitual dos fatos.

→Tempo Histórico: Do latim historicu, o que é histórico, é tudo que é relativo a História. Dessa forma, tempo histórico é uma categoria de tempo medida pela história. Ao me referir a tempo histórico, estarei me referindo ao tempo no qual a história já existia, não como disciplina, mas sim a partir do momento em que foi possibilitado o trabalho do historiador, ou seja, a partir do nascimento da escrita, e, por conseguinte, do documento escrito. Deve-se lembrar que os conceitos humanos, como História, são feitos para que os humanos usem.

→Visão do Mundo: Do latim visione, e do latim mundu, o termo visão de mundo não indica apenas a forma como os homens vêem o mundo, mas sim a forma como eles o sentem, como o mundo é captado por eles, qual a forma como eles conceituam, o mundo, nisto incluso o mundo natural e o mundo humano, ou seja a sociedade humana. Resumindo, como eles apreendem a totalidade da realidade, e como eles a conceituam.

→Recorte tempo-espaciais:, do latim recorte, no sentido aqui utilizado, o recorte vai significar a demarcação de um objeto de estudo. Quando se diz “recorte tempo-espacial”, refiro-me que dentro do tempo histórico e do espaço humano no mundo, foi demarcado um especifico, o qual estará sendo estudado. Está delimitação não é acidental, mas sim baseadas nas semelhanças e diferenças dos tempos e espaços diferentes. Também não é acidental a primazia do tempo sobre o espaço no conceito, isto por que entendo que, dentro da História e dentro do conjunto dos seres viventes, o tempo é de maior valor que o espaço, embora esta diferenciação não seja vasta.

→Práticas conceito-acionais: Ao me referir a práticas conceituais, refiro me a forma como o mundo é conceituado pelo homem, e também ao conteúdo destas formas, refiro-me a forma de criação de discurso, a forma de criação de conceitos e a forma de aceitação ou não destes discursos e destes conceitos. Já quanto a práticas acionais, que fique claro que o acional refere-se à ação, e por falta de termo adequado, será ele mesmo o utilizado. Ao falar em práticas acionais, indico como, baseado nas práticas conceituais, o homem age, e de que forma estas ações serão ou não dadas como certa ou erradas, verdadeiras ou falsas. Este termo, práticas conceito-acionais, em seu conjunto, refere-se então ao que é dado como bom ou ruim, certo ou errado, verdadeiro ou falso, num dado recorte tempo-espacial, que comporta uma certa visão de mundo, também pautada por estas práticas. Demonstra também o que é verdade num recorte, sem demonstrar, entretanto, o que gera esta verdade, e o que rege a gestação e aceitação desta verdade, e desta nova verdade. Além disto também não demonstra o que ocorre para a não aceitação de um discurso como verdadeiro, ou seja, nas palavras de Foucault, as formas de interdição de um discurso.



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