Atividade Prática
História Medieval II
Discente: Felipe Luiz
Docente: Suzani Silveira
Lemos França
Instituição: UNESp – campus
Franca
Texto-Base: A “visão do
mundo” do homem da Idade Média; in: As Categorias da Cultura Medieval;
Gurevitch, Aron; Lisboa, Caminhos, 1990.
Tema: O Historiador e
o Anacronismo
Plano de Aula
Método: Expositivo.
Público Alvo: Sala com
cerca de 45 educandos, do 3° Ano do Ensino Médio.
Objetivo: Introduzir a
sala no tema, levar a reflexão sobre o mesmo. O objetivo último e principal é
excitar mentalmente os educandos, visando desenvolver nele um pensamento
critico e a capacidade de avaliar e criticar, entender um processo e um tema e
saber critica-lo. Em suma, levar o educando a reflexão e a sala ao debate.
Pontos Relevantes da Exposição
Definição Conceitual
→ Tempo : Do latim tempus,
o termo tempo será aqui considerado como uma sucessão causal dos fatos
(fenomenológicos). O que indicará a passagem do tempo é sua medição por
instrumentos próprios, como relógios, ou através de escalas. Entretanto, sem
apelo a instrumentos, o que marcará a passagem do tempo, é a causalidade
habitual dos fatos.
→Tempo Histórico: Do latim historicu,
o que é histórico, é tudo que é relativo a História. Dessa forma, tempo
histórico é uma categoria de tempo medida pela história. Ao me referir a tempo
histórico, estarei me referindo ao tempo no qual a história já existia, não
como disciplina, mas sim a partir do momento em que foi possibilitado o
trabalho do historiador, ou seja, a partir do nascimento da escrita, e, por
conseguinte, do documento escrito. Deve-se lembrar que os conceitos humanos,
como História, são feitos para que os humanos usem.
→Visão do Mundo: Do latim visione,
e do latim mundu, o termo visão de mundo não indica apenas a forma como
os homens vêem o mundo, mas sim a forma como eles o sentem, como o mundo é
captado por eles, qual a forma como eles conceituam, o mundo, nisto incluso o
mundo natural e o mundo humano, ou seja a sociedade humana. Resumindo, como
eles apreendem a totalidade da realidade, e como eles a conceituam.
→Recorte tempo-espaciais:, do
latim recorte, no sentido aqui utilizado, o recorte vai significar a
demarcação de um objeto de estudo. Quando se diz “recorte tempo-espacial”,
refiro-me que dentro do tempo histórico e do espaço humano no mundo, foi
demarcado um especifico, o qual estará sendo estudado. Está delimitação não é
acidental, mas sim baseadas nas semelhanças e diferenças dos tempos e espaços
diferentes. Também não é acidental a primazia do tempo sobre o espaço no
conceito, isto por que entendo que, dentro da História e dentro do conjunto dos
seres viventes, o tempo é de maior valor que o espaço, embora esta
diferenciação não seja vasta.
→Práticas conceito-acionais: Ao me referir a práticas
conceituais, refiro me a forma como o mundo é conceituado pelo homem, e também
ao conteúdo destas formas, refiro-me a forma de criação de discurso, a forma de
criação de conceitos e a forma de aceitação ou não destes discursos e destes
conceitos. Já quanto a práticas acionais, que fique claro que o acional
refere-se à ação, e por falta de termo adequado, será ele mesmo o utilizado. Ao
falar em práticas acionais, indico como, baseado nas práticas conceituais, o
homem age, e de que forma estas ações serão ou não dadas como certa ou erradas,
verdadeiras ou falsas. Este termo, práticas conceito-acionais, em seu conjunto,
refere-se então ao que é dado como bom ou ruim, certo ou errado, verdadeiro ou
falso, num dado recorte tempo-espacial, que comporta uma certa visão de mundo,
também pautada por estas práticas. Demonstra também o que é verdade num
recorte, sem demonstrar, entretanto, o que gera esta verdade, e o que rege a gestação
e aceitação desta verdade, e desta nova verdade. Além disto também não
demonstra o que ocorre para a não aceitação de um discurso como verdadeiro, ou
seja, nas palavras de Foucault, as formas de interdição de um discurso.
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