As Fases do Capitalismo e o Imperialismo
No decorrer da evolução do
capitalismo, que se inicia com o progressivo fim dos feudos, por obra da
burguesia comercial nascente, com o surgimento dos Estados nacionais, que teve
inicio com Portugal, e a Época das grandes navegações, e toma conta do mundo
definitivamente com os ideais iluministas e com a Revolução Francesa em 1789. O
capitalismo é comumentemente divido em;
1 – Capitalismo Comercial ou Mercantil.
É bom ressaltar que o feudalismo só tem fim graças à ação
maléfica dos comerciantes. Após a queda do Império Romano do Ocidente, em 476,
e com a invasão das cidades romanas pelos bárbaros, a maior parte da população
fugiu para o campo em busca de uma vida melhor. Ms nos campos já havia os
grandes proprietários de terra, que vendo o grande número de empregados que
batiam a sua porta, aproveitava-se do desespero alheio e firmava com estes
camponeses refugiados acordos de serventia. O dono da terra, chamado de senhor
feudal ou suserano, cederia a terra para que os camponeses, chamados de servos,
trabalhassem e fornecia também uma infame proteção contra os ataques bárbaros,
que eram muito freqüentes devido à ausência de um exercito central forte para
combatê-los, e em troca o servo pagaria alguns impostos, sendo também preso a
terra. Com o tempo o senhor feudal, para se fortalecer politicamente e
militarmente começou a ceder quintas de suas terras a pessoas de sua confiança,
os chamados vassalos, sendo que este em troca devia ao suserano alguns impostos
e ajuda militar em tempos de guerra. Surgiu assim a Alta nobreza, formada pelo
Senhor Feudal, os Vassalos e os familiares e amigos preferidos destes. A
Religião Católica Apostólica Romana teve papel fundamental no desenrolar dos fatos.
Desde que Constantino, um dos últimos imperadores romanos, se convertera ao
cristianismo a RCAR se tornara uma instituição muito forte, tanto que resistiu
a queda do Império Romano com sua estrutura apenas abalada. Com a criação do
Império Carolíngio e com a adoção por Carlos Magno da RCAR como religião
oficial, os católicos se fortaleceram e passaram a exercer uma forte influência
no governo, assumindo até mesmo algumas de suas funções. Através de sua
doutrina de sofrimento e de suas verdades, a RCAR ajudou os Senhores Feudais a
se manterem no poder por muito tempo. Cada Estado era formado então por um rei
(suserano) e por seus nobres (vassalos), todos possuidores de seus feudos e de
seus servos. Os feudos eram praticamente estados autônomos, comprando o
necessário a seu funcionamento e vendendo o excedente. Este rústico comércio
era feito por comerciantes ou por caravanas de comerciantes. Eles rodavam toda
a Europa atrás de compradores de seus produtos, fazendo assim fortuna. O grande
problema começou quando o comerciante, esta pequena burguesia, se deu conta que
seu dinheiro na verdade era fracionado, visto que cada feudo tinha geralmente
sua própria moeda. O comerciante, pensando sempre na sua usura começou então a
patrocinar senhores feudais, para que estes invadissem e anexassem territórios
de outro senhores feudais, surgindo assim estados nacionais fortes. O primeiro
grande estado nacional foi Portugal, ainda no séc. XIV, com a subida ao poder
da Dinastia de Avis, seguido por Espanha com a união dos reinos de Leão e
Castela, Aragão, Granada e Navarra, também no séc XIV. Daí fica fácil entender
por que esses países exerceram forte hegemonia na Europa até a Revolução
Industrial em 1750.
O Capitalismo comercial surge após a
formação dos Estados Nacionais.. Nessa fase as principais características do
capitalismo são:
·
Metalismo.
·
Balança Comercial Favorável.
·
Protecionismo.
·
Intervencionismo Estatal.
Essas características, em especial o metalismo e a
balança comercial favorável, foram os carros chefes das Grandes Navegações, sem
contar o interesse pelo monopólio de especiarias da Índia, que na época estava
concentrado nas mãos dos ricos comerciantes venezianos. Esta é também uma das
poucas fases do capitalismo em que não há um grande teorista, com a exceção de
Colbert, Ministro Francês das Finanças.
2 – Capitalismo Industrial.
A segunda fase bem
definida do capitalismo tem inicio com a Revolução Industrial, que teve inicio
com especial força na Inglaterra a partir de 1750. Durante o Capitalismo
Comercial, a Inglaterra investiu pesadamente no comércio e na sua frota naval,
pois entendia que estes dois itens eram necessários para a construção de uma
potência. Não obstante, a Inglaterra substitui seus investimentos em comércio
pelos investimentos na indústria. Posteriormente, Portugal, principalmente em
decorrência do Tratado dos Panos e Vinhos ou Tratado de Methuen, viu-se
totalmente dependente da Inglaterra. Já os investimentos em sua marinha
continuaram ativos, devido principalmente a Revolução Inglesa, durante a época
da República de Cromwell, quando este decretou os Atos de Navegação (1651), que
estabelecia que toda mercadoria destinada ao mercado inglês só poderia ser
transportada em navio inglês. A soberania inglesa nos mares pode ser sentida
até hoje, em especial durante o decorrer da SGM, quando a Grã Bretanha só não
foi invadida pelo Terceiro Reich por que os anglo-saxões se mostraram
superiores nas batalhas navais. Com os investimentos na indústria e o
descobrimento de formas de energia alternativa, diferentes da humana, como
carvão, vapor e eletricidade, surgiram a máquina de fiar e a locomotiva. Em
pouco tempo via-se um operário, com uma fiandeira, fazer o trabalho que antes
dez precisavam fazer juntos. A Revolução Industrial é dividida em duas fases
bem demarcadas: Primeira Etapa (1750 - 1860), durante a qual a revolução se
cerceava a Inglaterra e a Grã Bretanha. Já durante a segunda etapa (1860 –
1900) houve um gradual processo de popularização das novidades, chegando estas
à França, Bélgica, Alemanha, Itália e Rússia (em especial São Petersburgo,
Odessa, Kiev e Moscou), a maior parte financiada pelo capital inglês.
Este período é marcado pelas grandes lutas dos sindicatos (trade
unions), pela diminuição das jornadas extenuantes de trabalho, que chegavam a
até 16 horas por dia, e que não diferenciava homem, mulher, criança. velho,
doente e grávida, pelo aparecimento dos primeiros filósofos socialistas e da
primeira experiência revolucionária da história: a Comuna de Paris.
Com a acumulação de
capitais provenientes do comercio, a burguesia começou a investir em fábricas e
indústrias. Logo surge aí a burguesia industrial, uma poderosa camada de
empresário com forte controle sobre o estado. A principio esta burguesia cede
aos fortes movimentos que os fustigavam por todos os lados, como só ludistas e
o movimento operário organizado, pois teme que se repita o acontecido na Comuna
de Paris, diminuindo a jornada de trabalho, diferenciando os trabalhadores,
etc..., mas posteriormente, com a adoção do capital financeiro, esta tomará
estes direitos adquiridos um a um, somente para que o capitaliste aumente seus
lucros sobre suor dos trabalhadores.
3 – Capitalismo Financeiro.
Esta fase do capitalismo é marcado pela aparição da holding, empresa que controla outras
empresa. Essa holding é geralmente um banco ou uma consultoria de um banco, que
tem todos os poderes sobre uma empresa, como se fosse dono da empresa
4 – Imperialismo.
excelente resumo, Guma, parabéns!! Talvez fosse interessante você atualizar este texto inserindo mais determinações sobre o capitalismo financeiro e imperialismo. Muito bom!!
ResponderExcluir