sexta-feira, 31 de maio de 2019

Mudar o mundo - Será possível uma sociedade mais justa?


Este texto foi escrito para o jornal da escola, na época que fazíamos um worshop em jornalismo com uma estudante da cidade, cujo nome me escapa. Há muitos equívocos, mas mantenho texto inalterado para dar mostras de minha evolução intelectual. O ano é 2004.

Mudar o mundo
 Será possível uma sociedade mais justa?
                                                                                   Felipe Luiz 3°C

Os filósofos sempre mudaram a sociedade como um todo. As bases das Ciências atuais provêem das anotações e dos livros de filósofos gregos, romanos e árabes. A Medicina teve suas bases nos estudos de Hipócrates, filósofo que até hoje influência a humanidade com os princípios da ética médica. Erastóstenes calculou o diâmetro da Terra há milênios atrás. Aristarco de Samos e Tales de Mileto fizeram estudos preciosos sobre a Terra e sua localização no Universo. Aristóteles lançou as bases da Física atual. E esses todos por sua vez se inspiraram nos estudos filosóficos de Sócrates. Dos filósofos também vieram às primeiras noções de igualdade social. A semente plantada por Karl Marx, Frederich Engels, Henry Toreau, Mikhail Bakunin, Leon Tolstoi e pelos Iluministas Voltaire, Montesquieu, Descartes e Diderot permearam as bases éticas da sociedade, que, desde então, há quase quatro séculos, vem lutando por igualdade social. Mas, por que uma essa batalha contra a pobreza nunca foi vencida? A resposta é muito simples: Por que o povo não quer! Toreau nos dá essa idéia em seu livro Desobediência Civil, sintetizada na seguinte frase: “(...) e quando os homens o merecerem, o terão”. O que Toreau quer dizer, na verdade, é que o povo não luta pelo direito dele, a menos que isto lhe traga algum beneficio, abstendo-se ou nem sequer se envolvendo em lutas sociais e políticas, deixando que o próximo faça sua parte. Este fenômeno grave ocorre graças à perda do sentindo de coletividade, que nos deixou na pré-história. Hoje, o capital selvagem, com seus truques ardilosos, nos parece melhor, pois somos educados para olhar apenas para nosso umbigo, deixando que o outro se vire sozinho. Se o povo, enquanto massa, cobrasse seus direitos de forma maciça, subverteria o Estado, mudando as prioridades em direção as reais realidades populares. Já que o Estado é formado pelo consenso e pela vontade popular, como pode o povo ser oprimido e ignorado pelo Estado? Talvez o mundo não seja mais igualitário por que o povo o quer diferente, e enquanto isso persistir seremos boi-de-piranha da Elite que não larga o osso, e não largará enquanto a maior parte da população pobre e niilista não lutar pela alforria social.

Nenhum comentário:

Postar um comentário