sexta-feira, 31 de maio de 2019

Vou excitar minha mente e apenas escrever


Texto de 2005, primeiro ano do curso de História na UNESP-Franca


Vou excitar minha mente e apenas  escrever, pois vou buscar os limites do pensamento, e para tal, necessito dos limites da linguagem. Qual será o limite da linguagem que chega até o objeto, o algo , a coisa inexpressável, e que só se torna visível graça a capacidade patente de expressa-lá, que é nossa, a incapacidade nossa de nós expressarmos. E essas capacidades expressativas serão algum dia expressadas? Buscar esses limites que determinam o que pode ou não ser pensado, e o que pode ou não ser expresso, é trabalhar no limiar do humano, e trabalhar no limiar da própria linguagem, da própria possibilidade de experiência intrínseca ao humano. Este desvario é que vou buscar neste texto, que também é um trabalho do limite, pois se situa no limite de muitas disciplinas, e tenta uni-las em torno dum projeto comum de desvendamento dos limites humanos de linguagem de pensamento, de pensamento, de linguagem e de experiência. É um texto desvairante por natureza. Mas é um texto que se impõe como necessidade a ser trabalhada e a ser descoberta.

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