1.
Visões do Mundo
Projeto Poético:
Poema
e
Prosa
Guma
e
Luiz
Lecram
Tocrespil
Ribeirão
Preto
2006
1.
Epígrafe
Dedicamos a alguns este livro,
aos que, com certeza, sempre lembraremos, pois nos formaram, pois já me deram a
mão, m
esmo quando me conheceram. Eis
que dedicamos. É pouco, mas é. O que for mais, que perdoe, mas é. E, retiro a
certeza, e deixo, em seu lugar, a promessa.
- Dedicamos a um só, Guilherme
S. E.
- Dedicamos a uma dupla, Vinicius L. H. e Audrey T.
- Dedicamos a um trio, Marcela
K. N. S., Iamara A. N. e Karine F.
A.
- Dedicamos a uma multidão, quem já pisou no asfalto do
campo e na terra da cidade
Citamos, não por isso, mas sim
para dar a todos a medida exata de algo que isto destila. Citamos, para lembrar
a todos que, afinal, há o que vale. Citamos porque, afinal, estamos em um
determinado mundo. Citamos para poupar-nos de dizer: a responsabilidade
compartilhada. Citamos, para homenagear estes, que também tanto ajudaram.
- Gostaria de me
insinuar sub-repticiamente (...)
(Michel Foucault)
- Não se prestará a
analises estruturalistas
Não entrará nas antologias oficiais
Obsceno
(Ferreira Gullar)
- De repente, como se
um destino médico me houvesse operado de uma cegueira antiga com grandes
resultado súbitos, ergo a cabeça, da minha vida anônima, para o conhecimento
claro de como existo.
(Bernardo Soares)
- O uso da palavra no
mercado do dia é inteiramente diferente. Espero não estar detendo o senhor.
(James Joyce)
1.
Prefácio
Chama-se
dúvida. Com toda certeza, tudo que carregue tal denominação já é digno de nota
em qualquer lugar, em qualquer mente, em qualquer canto, chego a arriscar em
qualquer cultura. Mesmo não valorizada.
Chama-se
Visões do Mundo. Bom título, bom nome. Tratam todos de um tema recorrente: o
mundo, o planeta em que se pensa, onde pensamos, nós, que vivemos. Seguindo uma
determinada linha de trabalho, são descritas facetas do mundo, ou, como
preferirem, qualidades, que talvez intrínsecas a, talvez apenas bem ou mal
enraizadas. Os poemas são todos de Guma,
e o projeto poético também, dois textos, de Luiz Tocrespil, e um feito em parceria. Felizmente, este projeto
poético é integral: pudemos inserir três poesias em falta no projeto anteriormente
publicado. Economia. Este pequeno espaço servirá para uma exposição do projeto,
mas já o é, também, parte dele. E, importante, este prefácio não é
interessantíssimo. Talvez, desvairado.
A
grande noticia é que foram escritos. Não que isso os notabilize: tanto é
escrito todo o dia, todos os dias. Entretanto, embora todo escrito revele uma
visão de mundo, ou visão do mundo (?), nem todos trazem conscientemente esse
valor. Neste espaço não, pois a questão do motivo pelo qual figuram nestas
páginas é justamente essa plena consciência de falarem de mundo, de estarem em
um mundo e de serem de um mundo. Incluídos no geral de uma cultura, pretendem
ser fragmentos, talvez retratos, e, ao mesmo tempo, metalingüisticamente
falarem dele, o mundo. Mas, será possível falar, sem excessos, de onde se está
inscrito? Não ou sim, depende. Visões de (o) mundo. O que será que o próprio
mundo pensa de quem o habita? Aliás, pode-o pensar? Pensemos nós. É a dúvida. É
a Grande Vida. E (É) a interrogação.
A
maior lição, à moda de Esopo, deste projeto é justamente a interrogação.
Ao fim, nada pode restar além da certeza de que sua superioridade sobre
qualquer outra qualquer coisa que se erija pode ser dada como certa. Interrogar
é fazer a pergunta. E, todos os escritos daqui, perguntam, (in) diretamente, ao
mundo, algo. Nem todos terminam com interrogações, ou mesmo tem o discurso
interrogativo objetivamente dado. Mas, certo tenham que todos são as expressões
mais puras da dúvida: de mundo, de sociedade, de gente, de umbigos: dúvidas de
todos? Que todos possam ler e responder. Mas todos não podem. Também o motivo
dessa impossibilidade é de cada. O interlocutor da dúvida de mundo, é o leitor.
Sabe já que tudo aqui é dúvida, e que o interrogado é o mundo, resta agora que
queira e que possa usar este projeto como instrumento de questionamento. Que
possa observar por estas metáforas e por estas objeções algo a. O objeto a.
Espera-se
que fique clara a importância de muito: há valor em tudo. Podemos dizer que
tudo é etiquetado. Também é bom que se saiba que isso aqui não pretende ser um
novo marco poético: é apenas uma visão de mundo, como dito será e já foi, um
projeto de crítica ao mundo. Esse desejo de falar sobre revela, claro, também,
um desejo de entender, uma vontade de saber. Que se note ainda como esse
projeto está sendo revelado: vendido em um encarte — pois é o que isto aqui é
—, por apenas duas pessoas, já um
grupo, sem contar com auxílio de mais ninguém, além de quem os adquirem, sem
redes de distribuição, sem contratos com editoras. Talvez a única maneira de
ser ouvido hoje em dia. Enfim, o sonho foucaultiano, já epigrafado aqui, mais
próximo de ser realizado. Embora, claro a nós está, inalcançável.
Que
também todos saibam a angústia de ter que fazer tudo neste espaço, com estas
letras escolhidas. Muito melhor seria a página branca de Antunes. Entretanto,
pensamos que o livro não é um corpo inerte que simplesmente pode ser utilizado
pelas palavras como um meio. O livro é formado por páginas, as páginas —
usualmente — por celulose: matéria vegetal, vida enfim. Como de vida, papel é
cadáver, mas não deseja um enterro, ao contrário, quer ser visto, notado, e a
palavra não é o único meio de fazê-lo notar, não, ao contrário, a palavra e o
livro e as páginas, devem formar todo um corpo significante capaz de ser em si
o próprio projeto. O livro deve também ser poesia, a página destilar a prosa.
Em mente que há projeto poético, como neste caso, não se deve restringir às
palavras, mas onde puder haver o mínimo espaço de comunicação, que haja lá, nos
rincões, a troca, a mensagem, mesmo o grito que logo após emudeça. Cada menor
local cheio ou vazio branco ou preto escrito ou não-escrito, que todos possam
carregar em si a possibilidade de uma reflexão sobre o fio condutor do projeto,
do livro, do poema. Isto é o que gostamos de chamar de “Aproveitamento Total”
ou, como subterfúgio cômico, “Esteticapitalismo”. Queremos pensar também que a
palavra não é o meio para a mensagem escritural do autor. Muito ao contrário, a
escritura é, sim, o meio da palavra. Dela emergem, como uma teia, as mensagens;
o autor apenas meio de fazê-las ouvir, as mensagens; e, destas, a palavra, o
centro nelvrágico. O escritor deve dar a palavra não mais que seu nome e a
coragem; coragem, pois em um tempo e em um espaço onde o melhor — o mais
prudente, decerto — é o silêncio: o mundo faz calar. Sabemos isto na carne.
Mas, valentia, como disse um dos epigrafados: heroísmo, beleza. Sim, o escritor
deve ser valente, deve ter. Mas essa valentia, ao fim, não lhe servirá de
muito: acabará ou esquecido ou institucionalizado: o que é o mesmo.
Mas, devemos. Agora, os autores devem a todos
que querem ler. Que quiseram ler. Devemos qualidade, mas isso, como todo o
resto, depende da visão de mundo. No caminho aberto pelo já dito, isto aqui é
um projeto de crítica, um projeto poético de crítica. Nenhuma palavra, nenhuma
página, nenhum espaço é inocente: se constatado, revela um desejo, torna-o
público. Tudo aqui também é símbolo, opera, ou pretende operar, no imaginário. E,
assim, tudo aqui remete, de alguma forma, a uma estruturação poética: nada é
vazio de significado.
Sorte
a todos na ótica. Sem pretensões. Questões a todos.
Ribeirão Preto, julho de 2006
GUMA E LUIZ LECRAM TOCRESPIL
1.
Dos Autores
Luiz Lecram Tocrespil nasceu em Ribeirão Preto em 1987. Homem, viveu toda sua vida nessa cidade, até sua aprovação no
vestibular para o curso História na UNESP de Franca no ano de 2005. Começou a fumar na universidade,
onde teve maior contato com a intelectualidade e com literatos iniciantes, como
seu parceiro neste projeto poético, Guma. Aperfeiçoou sua prosa. Atualmente,
poeta de rua, sobrevive pela vida escrevendo contos e poemas, e vendendo-os a
preço módico em bares e a conhecidos.
Guma, nasceu em Ribeirão Preto em 1987.
Homem, viveu toda sua vida nessa cidade, até sua aprovação no vestibular para o
curso História na UNESP de Franca no ano de 2005. Começou a fumar na universidade, onde teve maior contato com
a intelectualidade e com literatos iniciantes, como seu parceiro neste projeto
poético, Luiz Lecram Tocrespil. Aperfeiçoou sua poética e sua prosa Expulso da
universidade em seu primeiro ano por razões políticas, prepara-se para o
vestibular para o curso de Filosofia. Também poeta de rua, como Luiz, vende
seus poemas e contos a preço módico pelas noites das cidades.
Mais
informações sobre o esteticapitalismo.
Contato:
Luiz: lltocrespil@yahoo.com.br
Guma: gumapoldo51@yahoo.com.br
Luiz e Guma pedem também que
sejam enviados, após a leitura, impressões sobre o encarte, para futuro
aperfeiçoamento e reflexão, além do estabelecimento de novos canais de
comunicação.


O
Mundo Sujo

O MUNDO: APRESENTAÇÃO
o mundo do sujo, restos,
restos de palawras
a há
o mundo

há o imundo deterioração a imundice não é cartesiana
deterioraçãtuty

t deteriora go espalhada
dete
de dispersa por todo o mundo.
d
A pobreza é mais que tudo porque
tudo é de pouco
weqdeteriora-se
a carne
apodrece o planeta – cai cai
cabeça cgnbvn
gdf
sobe, sobe, sobe volta lá...........o
imundo viva 

sobe, sobe,
sobe
onde sairá
isso? em lugar nenhum, porqugde
não cabe nos jornais todos issoutyu aqui: o mundo não.....
k como
dizer que o mundo é grande?
só tenho a palavra curta para
isso a
limitada
a palavra nem nada isso: mistura,
ginga,
xcz\ síntese: utuy 




é impossível ler o mundo.
©
5.
Cidade
Cidade. Assim começa. Ruas,
esquinas vielas: perigos. Não que, ao andar, na hora do almoço, Alguém entra em
um restaurante. Imediatamente, olha para uma pessoa, vestida como Funcionário
bom, puro sangue, Operário de família; acomodad em uma mesa pel Funcionári, vê
esti se afastar enquanto chama.
-
Garçoni, por favor o cardápio.
E Funcionári, vestidi de Garçoni,
chama-li-ei A, sequer piscou seus olhos de faísca, pelo contrário, esperou um
novo Cliente. Alguém começou a ficar alterado, melhor, levemente irritadiça,
traço seu, não gostava de sofrer ignoração: tinha sempre que ter voz. Repete
delicadamente, disfarçando-se, mordendo os dentes, muito ainda que em um leve,
levíssimo, quase torta de microondas, grito.....talvez, gritinho. Olhando para
A, reitera seu pedido.
-
Garçone, O cardápio por favor.
Sossegade, contas pagas, salário
em dia, enfim, estabelecide, A nem liga, faz até pouco caso, deixando as
pálpebras a meio caminho do sono, a esperar pelo repouso tranqüilo. Já Alguém,
panela de pressão, explodia. Aquelo ali ia ver uma coisa, nem que tenha de ir a
policia. Dou queixa, armo barraco, vou à Vigilância falar que isso aqui é uma
porquerada. Eles que aguardem: o que é deles, está guardado. Girando sua
cabeça, Alguém percebeu que havia outr Operárie de renome, quase um Pobre entre
os miseráveis, em pé, perto do caixa. Essa terceira pessoa, chamaremos, com a
infelicidade do desanonimato, com pesar de acordar, de L. Imaginando se tratar
de Gerente, Alguém foi atrás para se queixar dos maus modos daquelo Funcionári
tonte ali. Ao chegar perto de Funcionari, Alguém logo lhe disse:
-
Olha aqui Gerente, Funcionari, sei lá, aquelo Garçoni não me atendeu, estou
sentade na mesa, e nada de atendimento. Que porcaria de lugar é esse que
contrata gente grossa para lidar com os outros? Olha que eu quebro o pau aqui!
Quero atendimento VIP agora!
-
El não é Garçoni, é Atendente! Eu sou Garçon, e, queira me perdoar Freguêz, mas
não fui requisitad em momento algum.
Alguém, surpreso diante daquilo,
quis logo mudar a seu favor a situação.
-Ora,
então tratem de informar quem é quem, j....
4.
-
Perdoai novamente Cliente, mas temos crachás, com o cargo que exercemos.
Não se conformava, Alguém repetia
para si em sua mente. Como não percebi? Como, como? Bom, no entanto, agora
posso almoçar em paz, ao menos isso. Esse barulho de relógio. Alguém observou
bem, já marcava onze horas. Perdera quase meia hora até encontrar o
restaurante. Agora, só lhe restava uma hora de almoço. Como ainda tinha de ir a
grande fila, quitar-se com o mundo, resolveu que seria melhor que tivesse mais
pressa e menos compaixão. Dinheiro é tempo, e tempo é dinheiro. Isso sempre é
dito. Esse será meu epitáfio, aliás. Muito bela. Amansando a voz, como se
tivesse tomado sorvete, Alguém, pediu:
-
Então Garçone, traga o cardápio.
Muito ignoradi, Alguém se
revoltou. Pediu com tamanho silêncio, que não foi atendid . Ao perceber que L
sequer piscava, veio à baforada de fogo.
-
EU QUERO UMA PORCARIA
DE CARDÁPIO.
L, assustada com o descontrole
emocional, com essa facilidade de ter emoções, coisa besta, resolveu pedir que
el se retirasse.
-
Cliente, temos regras de comportamento. Siga-as por favor! Caso não, estou
convidando-lhe a retirar-se do estabelecimento.
-
Eu já lhe pedi um cardápio....Por que não o traz?
-
Porque não sou Garçoni.
Alguém visivelmente
abalade....Caipira, comentavam quem estava perto, bobe, diziam, irracional,
animalesce. Como elo poderia ser ao mesmo tempo e não ser ao mesmo tempo? Não
seria uma violação lógica da sociedade?
-
Mas, como? Acabou de dizer que era Garçoni. Não posso compreender!
-
O que ocorre é que sou Garçoni até as onze. Quem é Garçoni agora é m colega A.
Trocamos de cargo às onze.
1.
Índice
Capa 1 página (em
falta)
Contracapa 1 página
Epígrafe 1 página
Índice 1 página
Prefácio 12 páginas
Dos Autores 1 página
O Mundo Sujo 15 páginas
Cidade 10 páginas
Curto Manual Vivo 1 página
A Religião dos
Céticos 22 páginas
Visões do Mundo 1 página
A Religião dos
Céticos 1 página
Sentido da Vida 42 páginas
Diálogos do Novo 19 ½ páginas
Covarde ½ página
Cópula ½ e ¼ páginas
Desespero 2028
⅓ página
33
páginas
Um Final Digno de
Nota 1 página
©
3.
- Para que? Qual a função?
L pensava uma boa resposta à
pessoa. L sabia muito, sabide como, queria é enfiar goela abaixo daquel
insuportavelzinh um frango inteiro, com osso e que mais houver! Como el ousava
gritar com i Atendente/Garçoni de um restaurante tão grande, prestigiado, mil
elogios, enfim. Será não saber conversar, ou seguir condutas claras e úteis de
postura no mundo? Mais uma pedida isso sim. L também pensava em utilidade. Fora
bem feita a pergunta d moçi. Isto vinha a provar que era social, talvez
estivesse tendo apenas um dia não agradabilíssimo. Realmente bem feite. L olhava, não havia chance. Tudo deve ter
uma utilidade, e aquele corpo deveria ser bem útil. Sem utilidade, não somos
nada. Então, o trabalho a todos.
-
É para evitar que uni se canse mais que i outre, pois o trabalho de Garçoni é
um tanto mais pesado. Então, sempre revezamos, com pontualidade de segundos.
- Então, poderia chamar o Garçoni
Atendente?
-Claro. A, atende aqui.
-Claro, L. Só espera-me trancar,
colocar as senhas
Quando disto, A fechou a porta
bem fechado, e, em uma cavidade no vidro da porta da frente, colocou uma
máquina de senhas. Intrigado, Alguém resolveu saber o motivo daquilo.
-
Garçoni A! Por favor!
-
Um instante.
Que instante demorado, pensou Alguém. Mas baixo, para não
ser ouvide.
2.
-
Sim?
-
Gostaria de saber qual o motivo de se trancar essa porta? E dessas senhas?
A mal se continha, realmente e
cliente era dessas pessoas caipiras que invadiam a selva. caipira. Entretanto,
teria que tratá-la como se fosse a mais rica das madames e o mais prestigiado
dos doutores, pois, mesmo no mato, há bichos-da-seda. Seria possível que el não
conhecesse este restaurante, pois um dos mais conhecidos nas altas rodas da
altíssima nata da elite da sociedade? Provincianos: iguais: cheiram estrume.
-
Não sabe, cliente, que este, embora seja um dos restaurantes mais concorridos,
é o único que tem licença nessa área? Que nossa comida é de primeira? Que
bonita, que é barata, que é boa? A Multidão se acotovela para comer. Onze e dez
em ponto, já há filas enormes aqui. Trabalhamos como nunca trabalhássemos
antes.
Logo após, Alguém se pegou
surpreendid com a Multidão que avançava, todos os dias, mesma hora, em direção
ao restaurante, para comer. Amontoavam-se, as mãos buscando todas o papel
delicado da senha, para cada um garantir comer cedo, e aproveitar o resto do
tempo, do horário de almoço, tomando umas cachaças ou cervejas, e jogando
bilhar. Claro, além de observar es menininhis que passassem, para paquerá-les
um instante com pejorativos do mais alto grau. Mas, formigueiro, não eram
capazes de perceber que era melhor chegar mais cedo? Entretanto, Alguém também
pensava que tudo que podiam era recolher-se a isto para dar gosto de novela das
oito a vida, as suas vidas
Alguém percebeu, enfim, que
estava em um dos restaurantes mais conhecidos da cidade e dos mais movimentados,
sem senha, sem Multidão.
Alguém pensou? que tinha? sorte.
Sim Alguém tem? sorte. Quem?
O queijo. O limite de tudo é o
próprio limite de nós. O limite de Alguém é el. O limite de sua vida é ela
mesma. Alguém sabia disso bem. Mas Alguém sabia muito bem como esconder isso de
todo mundo, desde o cônjuge ao amigo lá. Alguém sabia. Mas, Alguém tem medo.
Alguém sempre tem medo. Mas contra isso, Alguém sabia agir também: Ficava
sempre quieti, no seu lugar. Afinal, contas não são pagas com sabedoria, contas
não são pagas com nada além de papel e carimbos, além das autenticações.
1.
Alguém comeu. Duramente, a comida
descia. Enquanto todos entravam e se acumulavam, Alguém já arrotava. Com mais
um pouco de sorte, chegaria a tempo ao serviço, terminaria seu expediente, e
poderia ver jornal e novela. Antes, deveria ir a grande fila. Alguém sempre
fazia isso. Afinal, quem não faz? Isso Alguém achava. Aliás, Alguém nunca
achou. Mas, era.
Ao sair, havia um espetacular
amasso na porta do restaurante. A e L brigando com mais fregueses.
Discretamente, Alguém viu que
seus óculos estavam embaçados. Reparou que nunca, antes, havia limpado seus
óculos, antes. Também, nunca havia pensado nessa possibilidade. Aliás, para que
usava óculos mesmo? Enxergava muito bem.
Olhando para baixo ainda, retirou
seus óculos, jogou no chão e pisou.
Alguém pensou em seguir adiante,
mas, ao olhar para frente, como o sol brilhava. E como a cidade engolia toda
luz. Como as pessoas eram feias, e como aqueles óculos eram leves, mal se sentia.
Alguém percebeu que agora estava sentido tanto peso, mas tanto, que preferiu
andar meio agachade, corcunda. E Alguém reparou que estava mais musculosi.
Alguém era alguém. Alguém reparou que era. Mas
o sol ainda brilhava muito. Meio cege e atordoadi, Alguém não reparou
que a Multidão que ainda tentava entrar no restaurante e havia cercado. Reparou
quando tomou o primeiro murro. E pode ouvir quando a polícia chegou, parando a
Multidão, gritando:
-Essu
aqui vai conosco.
Ao dispersar a Multidão, a policia
logo fez Alguém provar o gosto do couro. Coturno bom, pensava i policial. Duro
e rígido o suficiente para mostrar a essi o que é bom.
Entojade , e revendo o mundo,
Alguém se levantou. Alguém se revoltou, e logo tomou um soco entre os
olhos e a boca.
Dentro do carro da polícia, mais
agrados estatais. Cartão de visitas, por certo.
A Multidão voltou a se
acotovelar.
De Alguém, nada além de nada. Seu
cônjuge casou novamente. Sua posição no emprego foi substituíde. O restaurante
aumentou suas instalações. Continuaram a se bater por um prato de comida, as
pessoas, sim, as pessoas também continuaram a esmurrar outros que não elas
próprias, outros diferentes, outros alguéns....
Alguém se foi.
Apenas sem nome, apenas alguém.
1.
Curto Manual Vivo
A vida cabe nas palavras!
Mas, será que
O que
precisa ser dito cabe
em palavras?
cabe
em palavras
?
A vida
precisa ser dita
Já
quanto ao
Dito,
precisa caber
na vida
A vida cabe nas palavras...
E
quais são as melhores
As
mais cálidas, as mais ricas, não, pobres
Qual
a que melhor fale da vida?
Será a pura interrogação?
Se referir a vida é
Se referir ao mistério
É?
A vida cabe nas palavras?
A viva interrogação
Viva a interrogação!
Aleluia:
Há o quê Há
o que há
É
Há: o que? O
que há, há
Hahahaha
————————— —————————
—————————
4.
A Religião dos Céticos
Era
assim, como um templo alto e imponente. Paredes duras, pura pedra batida, a
formar um incrível grande salão com um teto belo, fazendo este alusão a uma
grande concha invertida, expressando um cinismo canil. A fachada, em vez de
conter belas torres, terminando em pontas orantes, era também muito cínica,
pois consistia numa série de “Vs” alinhados e das pontas aparadas.Deste
magnífico edifício em vez do acalmante badalar dos sinos ou de um forte e alto
grito vindo da garganta do muenzir, ecoava um urro animalesco, voz de deus, sua
raiva sonora.
Uma
religião nova encontrava abrigo nestas bonitas descrições. Inicialmente
contando com poucas pessoas além do pregador, substituto a altura de pastores,
padres e omãs, aumentava a cada dia. Era assim uma vacina contra a doença que é
a vida. O papel do pregador era bem simples: converter fiéis a fé cética. Pegar
as frágeis mentes e transformá-las em
sólidos receptáculos das palavras de quem não acredita em nada. Dizer ‘pegar’
não é jogo de linguagem: por vezes o pregador agarrava a cabeça do fiel e
apertava tão forte que parecia que o
objetivo era desgrudar o cérebro do infelizardo. E ‘acreditava em nada’ também
não é jogo de linguagem; muita gente ia por que não acreditava em nada, nem que
estavam ali, por isso, nada tinham a perder, como todos neste ponto.
A
doutrina era bem simples, e até bem primitiva e tosca, pois uma palavra resume
toda a estrutura religiosa dos agora milhões de fiéis: negar. O que pudesse ser
negado, no caso tudo, acaso tudo, era, e descaradamente. A própria ortodoxia
religiosa com constância quase que diária era negada e subvertida e acabava por
redundar noutra, logo negada. Era um ciclo eterno, e por isso mesmo a religião
nunca chegou a ter livros sagrados, já que quando algum redator era contratado
para tal, logo se via diante duma estrutura impossível de ser vencida, pois ao
ter um projeto de livro na mão, os ensinamentos já tinham sido deformados de
tal forma que os próprios fiéis os irreconheciam, aliás não eram deformados,
mas flexionados para se adaptar aos novos tempos ou os novos tempos.
Tautológico, sempre se chegava à forma válida, a verdade.
Ninguém
sabia explicar exatamente como uma religião tão perfeita tinha surgido, ou quem
era seu criador, ou muito menos de onde tinha vindo. No inicio alguns acharam
que era uma revelação de deus, mas essa tese logo foi negada e milhares
surgiram em seu lugar, até que simplesmente desistiram de tentar explicar a tal
religião, por quanto tempo não se sabe. O que importa é que o povo pôde ter
acesso à salvação do negar, e finalmente o paraíso estava ao alcance de nossas
mãos, isto é para os que nele acreditam, muito poucos por sinal. As evidências
mais concretas que indicam o surgimento deste maravilhoso culto vão indicar
para o Brasil, um paizinho periférico, destes que não deveriam nem estar no
mapa, já que influi bem pouco no mundo, ao menos é o que eu acho, eu acho.. E o
concreto para por aí. De resto não se sabe nada. Há indícios apontando para a
Floresta Amazônica, onde algumas tribos pré-históricas já louvavam o incrível
ceticismo. Outras vão apontar para um grupo subversivo de estudantes de história
duma pequena cidade no interior de São Paulo, na verdade num pequeno buraco
escuro, que ousa ter o nome parecido com a maravilhosa França: Franca. Segundo
fontes capciosas, este grupo teria ficado revoltado com o mundo e feito esta
tese a partir de contestações filosóficas infalíveis, pelo menos até que alguém
as negue. Outras fontes simplesmente dizem que a própria população cansada
3.
de ser enganada pelas religiões
tradicionais começou a difundir, através daquele papo de fofoca, a religião,
inicialmente como um culto, logo ampliado para uma Igreja e logo como mania pop
mundial.
A
negação completa chegou a tal ponto que os céticos começaram a negar suas
funções biológicas mais primordiais. Em vez de andar se arrastavam para que
suas pernas aprendessem a não ter função. Os braços e as mãos eram usados para
qualquer outra coisa exceto para o que deveriam. ?. Milhares morreram assim, em
vão ao tentar respirar com a mão, numa louca empreitada tentando negar a função
de seus narizes. A outra mão era usada para amassar e triturar os alimentos,
substituindo os dentes, isso quando os próprios não eram raspados até se
tornarem semicírculos, dificultando assim a tarefa de mastigar. O sexo
geralmente era feito ao contrário, com as mulheres penetrando os homens, já os
homossexuais gostavam de usar o meio dos dedos ou as orelhas de seus parceiros,
mas ter orientação sexual é coisa tosca, pois quando se pensa que se é atraído
por um sexo logo se descobre que não, que nada te atraí, e se nega à primeira
tese sendo que por fim pode se cair em diversas tendências ou opções ou
orientações ou em algo, ou em tudo ou em nada, então, melhor não ter, ou ter e
ignorar, ou se masturbar: homem que se masturba é gay, e mulher que se masturba
é lésbica A boca, sempre útil sempre, substituía a mão na sempre necessária
tarefa de se carregar algo; bebia-se água pelo nariz; ouvia-se pela testa; e
falava-se pelos cotovelos. O umbigo era usado para escrever; as solas do pé
brilhantemente usadas para abanar em dias de calor e se esfregar em dias de
frio, em dias nem quente nem frios se arrancava elas, ou ficava-se perto de
geladeiras e fogões para dar utilidade as miseráveis . Toda a linguagem sonora
logo foi substituída por um brilhante código de piscadas e gestos feitos com os
pés e com pequenos espasmos das orelhas, além de pequenas aberturinhas nos
narizes. Duendezinhos, diziam todos. As unhas eram usadas para roer, também,
tudo era muito tenso. Os hábitos alimentares então. Ninguém queria comer mais
carne, e logo todo mundo era vegetariano, mas passou, e depois de um tempo
havia tudo, e comia-se tudo. Havia sorveterívos, livrívoros,
cascadearvorívoros.... enfim, pudesse ser temperado era comido, até que parou
de se usar temperos, e ai comia o que aparecia: andou podia ser comido, não
andou também.....Uma doidera.
E
logo surgiram os profetas, loucos para poder propagar a maravilhava cética
entre os cinco continentes. Eram os enviados, por algo, por um poder superior
ou por eles mesmos, para abrir os olhos medíocres dos humanos e mostrar-lhes
toda a maravilha que está por trás de tudo. Tinham palavras reconfortantes,
afirmavam que nada poderia ser provado, nem mesmo isso que eles estavam falando
e que tudo não passava em algum grau de alguma mentira inventada por alguém
para nos dominar e escravizar. Era um velho discursinho de desocupado, embora
recheado de verdades incontestáveis...Eu acho.Tinham grande carisma e
persistência na afirmação que negar era preciso. E negavam. Era isto o que
importava: sua fé em negar tudo. Diziam o que o povo queria ouvir, e isto era o
que bastava. Quando não, convenciam o povo que o que diziam era o que ele
queria ouvir. E isto realmente bastava.
Em
pouco tempo havia muita gente, realmente muita. Pessoas de todas as categorias,
grupos, tipos e posturas negavam fervorosamente. Antigos templos eram
destruídos em fúria, resultado de milênios de enganação, dizia-se que era de
uma vez por todas, uma onda
2.
de ódio varria tudo, mas logo era
substituída por outras, e outras e outras, ou interrompida, e logo nascia uma
vontade e tudo era reconstruído, até que a vontade acabasse e a onda de ódio
voltasse. Era uma inconstância maravilhosamente negante. Tarefas eram
iniciadas, mas em poucos instantes eram largadas novamente, ninguém tinha
paciência para ficar fazendo uma coisa inútil por muito tempo, isto durava até
o momento em que se resolvia retomar a tarefa donde se tinha parado, e isto
também durava até que o iniciado fosse destruído, para até onde resolvem
construí-lo novamente, se o resolvessem.
A
economia era que só: poucos lugares podem se orgulhar de ter passado do
neoliberalismo, para o capitalismo de estado, redundando numa sociedade
anarquista, que pouco durou, pois logo os senhores feudais ressurgiram. Em
seguida vieram os trotskistas com suas bíblias e versículos, deram um golpe
assumiram o estado, fundaram uma trotskocracia. Até que a população se cansou e
acabou com tudo, hoje quem quiser viver que viva; claro que isso é válido para
alguns lugares do mundo, pois se pode, com um simples cruzar de fronteiras,
encontrar coisas que só podem ser chamadas de coisas: desde repúblicas romanas,
até regimes absolutistas, sovietes, AITs, revoluções, ditaduras, liberalismo,
fisiocracismos, cinismos, teocracias, nada. A pluriculturalidade está no mundo,
o que prevalece é a acatalepsia, o ceticismo: há lugares que não há sequer
homens: tudo são máquinas, isto em todo lugar.
Não tardou e
os suicídios começaram, pessoas desistindo da vida eram comuns. Raros eram os
que ficavam. Até que começou a se questionar o sentido do suicídio: a vida já
tinha sido muito questionada, era vez de outro alvo.
Milhares de
ondas viam, iam, voltavam, davam a volta, sempre assim, sempre sem parar: era
um mundo mais humano, mais bonito. Entretanto como tudo que é bom pouco dura,
começaram a se questionar se era preciso se questionar, e se não havia coisas
inquestionáveis. Aí cada um achou algo, e logo todos achavam muito. Foi quando
decidimos todos acabar com tudo para ver se não partiríamos para um outro
lugar, como se dizia antes. Se você lê isto, algo de errado ocorreu. Ou você
discordou de algo, ou simplesmente não se destruiu, ou coisas do tipo. Mas não
há problema, quando os primeiros foram buscar outras coisas, muitos desistiram,
e deram origem a muitas coisas, e o mundo hoje é muitas coisas juntas, e há
coisas demais em tudo, e tudo é demais para hoje. Eu mesmo nem sei como tudo
está, pois tudo que relatei li, ou vivi, mesmo que parcamente.
Depois de
certo tempo, queimaram-se os calendários, as datas, cartórios, tudo. As civilizações
foram destruídas, chegaram mesmo perto de destruir o mundo, a escritas,
milênios de transformações sucumbindo a maior de todas, que tinha vindo para
romper com tudo. Nada escapava: havia quem concordasse e quem não: os que
concordavam, matavam quem não concordasse: não era uma morte, digamos, física,
mas sim original: exílio era a palavra. Colônias em lugares distantes de tudo
exceto de seus vizinhos. E foi indo assim.....
Houve
desmistificações, e ergueram-se novas idéias, entretanto não se via que nada se
sustentaria nessa sociedade, pois pessoas eram máquinas: as relatadas há
pouco...simplesmente se fazia, surgia à idéia, aderia-se a ela, para logo, com o surgimento de outra
idéia se abandonar à primeira, e se agarrar a seguinte. Nada era, tudo estava,
e por
1.
isso tudo era, e por isto tudo
era: uma bosta. Corria-se simplesmente a procura de tudo que se tinha sido,
tentando adaptar-se ao passado, não havia nada, eram gado marcado, prontos ao
abate, prontos a pastar, prontos a seguir Napoleão cegamente, eram pilares,
porcos. Quando surgiu a religião cética, tudo saiu simultaneamente: anos de
espera foram suficientes para acumular um ódio tal que simplesmente o humano
não poderia suportar, por isso houve uma conversão em massa novamente, em máquinas:
questionava-se pelo prazer puro de ter algo a se destruir, esta ação
destruiu-nos: destruir. Gente armada
com pensamento, pronta para quebrar, para abalar as verdadeiras
fundações de tudo, foi feito, foi feio. Lindo embora, pois tudo que se pensava estabelecido
mostrou-se frágil ali, briga de coisa
grande, contra o que mantinha a coisa grande. E depois, que veio depois? veio
tanta coisa, que se contar perco o fôlego, porque veio tudo, tudo que deveria
já ter vindo há muito tempo. Era a graça de tudo, era o poço do sorriso de
todos.O mundo brilhou mais que o sol, e enegreceu-se mais que já era, pois
agora não era, e sequer havia uma visão ampla, panorama, visão de tudo....
Tudo que as
pessoas queriam, logo o tinham, mas quando tinham não mais queriam. Queríamos
todos um mundo novo, mas quando ele chegava, todos ficavam com medo dele, por
que era novo, filé, recém-polido. Aí todo mundo ia lá e lutava contra o mundo
novo e contra quem o preconizava. Por isso, éramos covardes, sempre fomos.
Antes dele, é preciso nós. Destruíram tudo por destruir. Claro, é muito ruim
tudo, mas pior é botar fogo por que se deixou à vela cair. Melhor é encher de
palha e atirar a tocha bem no centro. Isso não foi feito. Simplesmente todos
deixaram as velas de si cair sobre suas casas e empregos, de madeira. Aí foi
tudo. Um fogo tão intenso, tão secante, tão cegante, que não havia extintores e
nem bombeiros, e, o pior do fogo, ele não se apaga sozinho. Sem que venha
alguém, os treinados ou os iniciantes ou os que só querem calma, ele
simplesmente consome, consome. Por que o fogo é voraz: enquanto tiver o que
comer, ele comerá. E tínhamos muito: uma civilização. No fim, apenas carvão e a
carne do churrasco: nós.
Sei lá por que
disse isso, mas deu vontade, embora tudo bem: nem lembro quanto tempo faz de
que vi outro homem, por isso tenho buscado visualizar a mim mesmo por dentro, e
continuo como estava: há tanto tempo não vejo um homem. Escrevi tudo isso e
espero que sirva para alguém, senão, não me interessa, .... Às vezes ver tudo
isso é muito bom, mas às vezes não é não...desolação eterna com pitadas de
multidão, e com muita gente. Vou fazer algo, acho que andar até que encontre
algum lugar. Pretendo ir para a o leste, reparei que por lá surge o sol. então,
quero ver como o mundo brilhou. Embora olhar para o sol cegue: cego vê brilho?
Se encontrar um, pergunto...
----------------------------
1.
Pausa para poesia, senão não se agüenta até o fim, tão duro é de ler
tudo isso.
Visões do Mundo
o musgo já adentrava a bunda, mas
que fosse. Outro dia o chamaram de árvore, entretanto estava na floresta. Como
esquecer, não tinha sequer memória. De fato era árvore, um belíssimo ipê rosa.
E de tudo isso. Que se sabe...Tão
pouco, poucão. Isto é muito pouco.
cidade de pedra, Mas
ninguém liga
corpo de pedra, Como
sou, todos devem ser
mente de gelatina A
ser devorado
Mousse de carne
Mousse
de carne:
Batido, a liga é o animal O
animal sempre resiste, sempre
Até hoje. Até quando resistir.
se eu fizer todo um livro de
interrogações ?????? ?????????????????????????????????
ainda assim, com páginas e folhas ???????????????? ???????
completas, ??????????????????????????????????
terei tantas dúvidas. ????????????
E até mesmo a dúvida é
desigual.
Enfim, estou em uma
sociedade. Temos ciências, temos uma economia, chegamos aonde ninguém nunca
chegou. Nenhuma sociedade conseguiu tanta riqueza. Enfim....Nada pode ser
comparado a nós. Somos o todo, somos, no geral, Everest. Isso mesmo: sem ar,
sem água, sem alimento: exatamente: só bem equipados podemos seguir.
Equipados: Uma televisão. Um esporte. Um jogo novo de
palavras.
Sim: bolsa-poesia.
Sou o topo evolucionário?
Desenvolução é comum? Somos
todos comuns querendo apenas ser?
Deixo a pergunta, mas dou a dica: começa com s...
O sujeito barrado.....na vida,
sim, no mundo.
Pelo menos
ainda vemos.
1.
Final de A Religião dos Céticos
---------------------
1- História
bonita, né?
2- Você acha?
Não achei não! Mas me deu vontade de saber como tudo já foi. Será que se formos
para o leste o encontramos ainda?
1- Mas para
que? O que você quer falar com ele?
2- É verdade.
Então vamos para o oeste?
1- Sabe que
essa história nem é bonita mesmo: tosca e mal escrita. E prefiro ir para o
leste, para buscar esse cretino e arrebentá-lo no soco!
2-Pra que? Não
vejo motivo nenhum! É melhor irmos para o sul. Ouvi dizer que há menos, melhor,
que não há tanta devastação por lá.
1-Não te
entendo! O que há de bom em não haver destruição? Nada, eu digo! Sem destruição
não há o que reconstruir.
2- Certo.
Concordo.
1-Se bem que,
construir por cima também é legal, mas que sobre escombros.
2- Eu penso
que muito melhor é sobre os escombros. Por isso defendo a destruição.
1-Nossa!
Cretino, é bem melhor sobre os escombros. Mas por que o escritor reclamou da
destruição?
2- Não sei.
Vamos dormir?
1- Não vou
andar. Quero ir para o oeste.
2- Pois acho
que vou para o leste: quero encontrar aquele escritor. Gostei da história.
Quero ouvir mais.
1-Pois eu
detestei, se o encontrar o parto ao meio.
(E FOI ASSIM)
....
São Paulo, fevereiro de 2006
1.
sentido da vida
será possível descobrir?
será que há, ou não
na verdade copiarei aqui um
trecho de algo
que tal, jornal?
cotidiano, fala de coisas que
são vida, mas ao mesmo tento, passam pelo crivo assassino dos editores.
O SENTIDO DAVIDA
uma singela homenagem ao dadaísmo,
minúsculo, para desconstruir um pouquinho...
DADADÁDA DAD DA A Á DD
ADADDADA
DAD DADA DA DADADA DÁ
DADA
yfaisgb zahnidajslkf jlsa
JDFBVSAKHBJH
jdkhn idjaih dnshn iaoh
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ewkjdjkweEWJHBEFJW
WEJKNFNLNN WOW
©
9.
Diálogos do Novo
.... e é tudo que lembro!
- Mas como, como assim?
- Assim mesmo!
- Nada antes? Nem nome? Nem nada?
- Definiu bem. Nada! Nadinha
mesmo. Sequer sabia falar, escrever, coisas do tipo....Não ficava nem em pé.
- Nossa! Não acredito não.
Desculpe, mas não acredito.
- É? Para você ter uma idéia, não
conseguia sequer respirar. Meus primeiros encheres de pulmão foram por
boca-a-boca. Sem contar que não enxergava, ao menos como enxergo hoje. Não sei,
o mundo, minhas pálpebras, tudo se modificou. Lembro de formas, coisas assim,
cores, muitas cores. O Arco íris, o pincel, a palheta do pintor eram meus, não
que os quisesse, mas eram, todos meus.
O próprio mundo era meu, tão externo tão novo, novidade. Embrulho inesperado.
Veja que não disse nem presente nem carta-bomba! Apenas, inesperado.
-Você chegou a descobrir depois
algo sobre seu passado?
- Não. Nem quis. E, não sei bem,
mas acho que também não quero até hoje. Passado, acho que não o tive. Fui
criado ali, no meio daquela gente. É o que acho. Também, pouco me importa. Logo
nos primeiros dias, nem sabia escrever ou ficar em pé, me fiz: achei umas
tintas e um pincel, pintei todas as paredes do quarto em que tinham me posto.
Disseram que podia ganhar dinheiro, e olhe para quem disseram! Se tivesse
dinheiro ali, o comeria com certeza. Comer é força de expressão, acho que iria
muito mais colocar na boca, salivar, cuspir fora, sei lá. Pra que eu iria
querer dinheiro se não era desse mundo?
- E quanto aos médicos, e tal? O
que disseram?
- Até onde sei, ou seja, o que me
foi dito ou o que li, sou humano, no sentido biológico da palavra. Duas pernas,
braços, coração, vísceras, genitália, enfim. Sou humano. Até mesmo humano eu
sou.
- Fantástico.
- É. Mas não acredito muito não
- Por que não?
- Não é como me sinto. Quando
vejo tudo isso que chamam de humano, civilização, isso aí, não me vejo, não me
sinto incluído, ahamm...então, como dizer que sou parte disso? É-se parte do
que não se quer? Melhor; É-se parte daquilo que não faz parte de você. E esse
mundo...
- Preciso de um cigarro. Quer um?
- Não.
- Continue.
- Bom....esse
mundo, não é meu, não é para mim, é como me sinto. Não ouso nem comparar, e acho
que nem deveria estar conversando sobre isso. De certa fora ao te contar, estou
comparando a palavras, e só de usar a palavra me sinto mal. Também não as vejo
como minhas.
- Tremendamente fantástico.
- É...Acho que quero um cigarro seu. Não, dois. É forte?
- Um coice.
8.
- Três então.
- Mas, não entendo.
- O que?
- Como é
possível isso tudo. Nada, e não ‘nada’. Você literalmente não existe, ou
existia antes de aparecer, assim, zuuugf.
- Nem eu
entendo, e sinceramente nem me preocupa mais. Não acho muito saudável ficar
mais pensando de onde eu vim, de que buceta eu sai...Ahnn, posso dizer isso
aqui? Bom, de qualquer forma. Em que isso vai ajudar? O mesmo que minha origem:
nada. Qual é a graça?
- Hum....
- Que ver?
Você já viu aqueles filmes de mistério ou de terror? Ou leu algum livro? Desses
de literatura? Caso se leia o final, como nessas novelas, todas, onde tudo é
tão previsível, não há graça nenhuma, porque não há mistério. E sem mistério,
ter tudo ali, nada para descobrir, o que sobra? Nada. De onde eu nasci. Aí
creio está toda a grandeza minha. Não tenho passado longínquo, o que ver
olhando para o céu e lembrando. Pra mim, tudo está por vir, se faço ou não é
outro caso. Que sei é que não tenho roteiros prontos. Mas se soubesse o final
de tudo, meu eu, o que faria?? O que restaria para fazer?
- Tem certa lógica.
- Não acho
não. Aliás, não quero que tenha. Prefiro muito mais viver apenas. Quero que
todo o resto vá as favas, que todo o resto se lasque. Se eu brotei dali ou de
cá, não sei, se vou virar esterco ou sumir tampouco me importa. Prefiro muito
mais é me encher de caos e ir ou ficar. Faço alguns planos, mas nunca os sigo.
Viver assim, um pré-determinado todo, não tem....
- Você ao menos sabe que idade tem, ou aproximadamente que idade?
- Até
quiseram me falar, o aproximadamente, que tudo é, não só para mim, para todos.
Recusei a ouvir. Também outra coisa que pouco importa.
- Estou sem palavras. Sequer tenho o que perguntar.
- Sabe que
ocasionalmente tenho, como se diz, flashes, como um apagão. Nada de
memórias passadas: é como um transe, ele entra em mim e pronto, vejo muito.
Neurônios e coisas do tipo. É tudo que vejo. Fico ali parado, sem ter
pensamentos....Depois, chego a pensar que parei de existir enquanto estava
nesse transe. É o melhor disso tudo. Estar dentro de algo que te tira à
respiração e que faz seu corpo todo gelar. Que mais pode se desejado além dessa
pasmação? Sempre não que é vicio, mas
ocasionalmente. É como viver sem problemas, mas os tenho. É bom os ter creio.
- E conhecimento? Digo, erudição. Leu ou lê?
- Com certa
freqüência. Os livros me dão passado. E às vezes é bom ter passado. Mas quando
não quero, vou num sebo, compro um bem baratinho e queimo todo. É. Gosto de
trabalhar com imagens, símbolos, e esse é um dos melhores. O livro sendo
queimado. O livro,
7.
o saber da
humanidade, a própria humanidade, todo o pilar de conhecimento que sustenta
ela. Olha, queimar uma coisa assim, desse tamanho todo, é de uma adrenalina, de
uma emoção. Melhor, só se queimar duas. Então.......sempre que tenho raiva da
pretensa humanidade, a queimo simbolicamente.
- Um passatempo interessante.
- É, mas
vou ter que parar, porque queimo um
livro, às vezes dois, quase todos os dias....
- E pensar? O que você pensa com freqüência?
- Sobre pensamentos?
Creio que alguns só seriam possíveis para alguém novo ter. Novo, adolescente,
que muito novo, não teria não. Quando se está sentado na privada, que é aquilo?
Uma, por dizer, manufatura fecal, água vigiando o cú alheio com medo de ser
atacada com bombas de bosta. Olhe, se alguém construir uma privada no Everest,
alguém, ao usá-la, estará resumindo como é tudo mais, e colocando tudo mais em
seu devido lugar. Pense só na imagem: um cara sentado em uma privada no alto da
montanha, a observar o mundo todo com uma visão que, ao menos eu, tenho de
tudo. Mas não sei.
- É. Um
pensamento interessante, mas, não fecho com ele não. Há formas melhores de ver
todo o mundo. Mas, deixa de lado. Aham..... mas, me diz como que você se mantém
na nossa querida sociedade, digo financeiramente.
- Arte. Pinto
e desenho. Sempre que alguém compra me dizem que é melhor que um Dali ou coisas
assim... e, se tratando de surrealismo, acho que estão certos. Quem melhor que
alguém que tem uma vida que é um sonho para pintá-los? Quem melhor que alguém
que tem um inconsciente fraquinho para mostrá-lo em telas e exposições? Também
rabisco uns poemas e prosas, vez em quando.
- Interessante. Tem algum em mão?
- É só ler.
“MERGULHAR”,
o ato de enfiar-se todo em algo,
estar envolvido cercado por substâncias
respirá-la, bebê-la
aos poucos se envenenar
respirar muito
é veneno.
beber muito é veneno.
Bebemos demais a vida
6.
Crerei em ciência quando
quando ela inventar um, meio,
meio, de subsistir sem, viver.
Nisso farei faculdade,
terei bolsas, livros,
serei o cientista,
mergulhado em livros.
- Moderno.
Estranho você ter tanta obsessão pela vida e pelo seu sentido.
- É por que
não acho que viva, não como os outros. E como todos se perguntam “aí, por que
eu vivo, qual o sentido de existir”, acabei me infectando com isso. Ora, já
disse que penso não ser muito inteligente, e mesmo emocional, ficar fazendo
isso, sou terrivelmente contra. Mas, como pretendo publicá-los, devo despertar
a atenção dos “terráqueos”, e há uma coisinha chamada mercado, não?
- Maravilhoso senso prático o seu.
- Deve-se
aprender uma coisa ou outra, ou não se
aprende nada. É ruim, é cruel, é desumano, mas é. Além disso, faço
análise.
-Vida sexual ?
- Se já transei?
- Exato.
- Sim, já transei.
- E?
- Se foi bom, se foilegal?
- É, quero que fale sobre, que disserte.
- Foi muito
prazeroso, e até gostaria de cumprimentar o inventor. Sobre o que pensei, nem
sei mais, Sei é que bebi e fumei horrores depois. Acordei no outro dia com umas
pessoas, conhecidas, à porta. Minha casa tinha um cheiro, um cheiro
estranho....fumo, muito cigarro, queimado, incenso, um grande
incenso....disseram para mim uma vez que serve para entrar em contato consigo,
que me restou além de rir e dizer um lote por favor, e tornar a rir...só que
nessa vez foi um esbugalho: até cair donde estava, chorei, escorria as
5.
lágrimas.....duplas,
claro....ria pois o que se busca por tanto tempo era tão simples, e chorei ao me lembrar que morava tão
intimamente com um desconhecido, eu mesmo; ri também pelo absurdo que me
contavam...antes fosse tão fácil se encontrar: acender um palitinho preto, e
zás....se ter deitado, de quatro, para si mesmo, penetrar em si...
-Penetrar a
si mesmo? Você quer dizer sexualmente? Mas, para que? Como assim? Você é
homossexual?
- Comer a si
mesmo, não sei para que, talvez só para vomitar, antropofagia; mesmo assim me
queria, ali, no divã, de quatro, com vaselina, queria me comer, isto é, me
foder um pouco, mas uma trepada bem gostosa, me lambuzar comigo mesmo, acender
um cigarro depois, e cobrir o cheiro do tabaco com um incenso...e isto era tudo
que ocorria diante daquela situação, que durou alguns minutos. Enquanto ria as
outras pessoas me olhavam perplexas, alguns de vez em quando esboçando um
sorriso embaçado, daqueles que se dá quando não se deseja humilhar o outro,
enquanto uma pessoa desconhecida, também rolava de tanto rir, creio que me
compreendia: resolvi aí: iria trepar com ela, pois também queria transar com
ela e com vaselina, e tal...parecia ser muito ...digamos, interessante!!!
- Você não me
disse. É homossexual?
- Para que
você quer saber?
4.
- Só para
constar na reportagem.
- Nunca vou
entender essa necessidade de saber
sobre a vida alheia que se tem aqui neste mundinho, nessa vidinha tola desse
mundinho.
-Ora, acalme-se.
Foi só uma pergunta. Se quiser responder, responda, se não quiser, só se cale.
- Pois isso
não diz, não digo e nem é do seu interesse.
- Tudo bem.
Posso fazer outra pergunta?
- Pode.
- Você tem
planos para um futuro?
- Imediato?
- Imediato e
em longo prazo.
-
Imediatamente penso em me estabelecer de forma melhor na sociedade, não sei,
talvez se o Governo atual me reconhecer como cidadão, fazer uma faculdade,
talvez engenharia de algo ou direito. Gosto muito de leis, e seria muito bom
defendê-las e zelar pelo seu bom uso. Também já fui sondado por partidos,
querem que eu me candidate, que eu
3.
saia
candidato. Não sei ainda isso. Em longo prazo, penso em arrumar alguém para
dividir a vida, uma pessoa parceira e tal, alguém que goste.
-Pensa em ter
alguma empresa
-Sim. Fico
entre uma pousada, ou uma livraria, enfim, algo que possa ter para poder
desfrutar depois de uma aposentadoria, um velhice confortável. Se vou conseguir
ou não é outra coisa. Mas, somos livres não? Tentar não mata.
-Era só isso.
Eu e toda minha equipe agradecemos pela
entrevista,
2.
desejamos boa
sorte e sucesso na sua empreitada. Alguma consideração final?
-Sim.Gostaria
de falar para todos que busquem sempre ter quem te ama ao seu lado. Para os
jovens gos
1.
taria de dizer
que usem camisinha. Para os adultos, meu telefone. E d
eixar uma mensagem: paz para
todos, e vamos acabar com
½.
a vio lência.
Abraços. ...
Ribeirão Preto, 8 de
maio de 2006
½.
Poesia Para Pobre
Não
há futuro, longe O
descanso, é o prepo
Penso
no amanhã Qe
dói, dói no lombo
Que
terei? Menos, garantia. anto
peso, tanto peso
Por que já comi.
Ontem. Esperando
por algo comi
isso tudo acontece? será invisvel eu eu procurando
por alguem
por
que isso, sua puta
vida que não tenho
Vá
com deus, filho Não
se engane:
Proteção,
peça a le você não pisa no
mundo,
Contra a quebrada, contra E le
é que te aperta contra o céu.
a vida.
Olha
bem,
necessidades, todos dias
o dia necessário...
Olh
que ela esfaqueia. Fome
de calmaria.
Visita,
sentimentos. Você não pisa no
mundo, ele é que te aperta contra o céu.
Complacência, fome, agonia, ódio. Gradez,
deve ser maldição
Não
como ceura,
mas que há? Pouco,
pouco tá
faltando já´ q
pouco falta para acabar. Aí quanta coisa. deus ajude. Só com a ajuda
de
nosso senhor.
©
½
Covarde
Covarde, escuto
Vejo bocas se abrindo e falando. COVARDE .
Soletram e as letras se concretizam em
Pôsteres enormes vistosos
Me expõem ao fracasso que sou
Deito e me abraço
Mas sinto asco de mim mesmo.
O vê de mito.
Faço runas em minha pele
Ensaio o dia a hora o ato.
Anos perdidos sem que ela, maldita e horrorosa
Chegue e me possua
Frenesi com vontade louca
O que sinto.
Os dedos erguidos apontando
Riso alto e agudo vociferando a verdade, mentira, deles
outros
Aceito alegremente
Aponto para mim, digo
eu sou: covarde.
½
Cópula
O mundo é um sexo ----::::|
roçadas, caricias, surras
é masoquismo ingrato, desconssentido......
sadismo por escolha
bater bater, sempre bater, mas nunca bater
por nunca se acertar
no fim sempre apanhar, algemado sempre
falos voadores, todos os tamanhos
porras vêm e vão: em grandes idas e descidas e voltas,
xerecas assassinas por onde se vá tentando te engolir
e há os seios-martelos, e tudo mais
e há dsts: nem o sexo é mais livre....dizem liberdade
ainda...
cachorros cínicos ingratos lavagem
vejo o chicote me ferindo bem no lombo,
vejo as ceras, e as torturas em todos
e percebo em todos, quase, deleite
como isso agrada....
E vejo a mordaça.....
como isso agrada.
Mas, algemado, vida sua nas mãos deles,
¼
como algo se pode dizer
desagradado?
Mordaça
⅓
Desespero 2028,
Mas, junta a nós
Veja a beleza desse baile
(Há?)
Aceita a participação
Vista, seja como todos,
A dança das máscaras
Depois que você veio, depois
disso
É como uma seqüela que nunca,
nunquinha mesmo,
se vai.
Eu nunca te quis, sai de mim!
Limite duro. Lembre o porque.
E ai!, como o é que fica
sempre a interrogação?
Vai daqui. É você ou eu
Não agüento, não agüento
mais:
Eu não te pedi.
Sequer gosto de você e quem
gosta!
Não gosto do sabor estranho
da terra,
gosto é de tênis, não quero
mais empurrar o chão.
Como, como, como, como?
É você ou eu.
Não suporto mais a ....
Nem vinte eu tenho e não
consigo mais suportar a crueldade que é viver. Como é que pode isso? Deveriam é
baixar lei contra a agonia.
Não dá mais,
quero o fim da música. Mas,
antes quero ouvir aquela.
A que todos dizem não gostar.
Tocada para mim. Especialmente
Especialmente para mim.
E, ...descansar...só.
Envolto em natureza.
Só descansar só.
Para sempre só.
Somente.
1.
Será mesmo assim
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